Setor de serviços sofre menos com crise em 2009, aponta IBGE

Receita operacional líquida do segmento cresceu 10,9% em 2009 ante 2008, mostrando vigor mesmo com a turbulência na economia

O setor de serviços, que depende mais do desempenho do mercado interno, sentiu menos os efeitos da crise econômica mundial do que os demais setores, segundo a Pesquisa Anual de Serviços de 2009, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2009, o IBGE estimou em 918,2 mil o número dessas empresas no setor de serviços no País. O levantamento levou em conta apenas as empresas que não são financeiras.

A receita operacional líquida, diferença entre a receita bruta e o pagamento de impostos, abatimentos, descontos e vendas canceladas, foi de R$ 745,4 bilhões, enquanto o valor adicionado, o resultado bruto da produção menos o consumo intermediário, foi de R$ 418,1 bilhões.

Com esse desempenho, a receita operacional líquida do setor de serviços cresceu 10,9% em 2009 ante 2008 (R$ 680 bilhões), mostrando ainda vigor, mesmo em plena crise. O crescimento em 2008 ante 2007 foi maior, de 18%.

Em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País, ficou negativo em 0,2%.

As empresas de serviços ocuparam 9,7 milhões de pessoas no ano do levantamento e pagaram R$ 143,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

No entanto, uma pequena fatia delas, as empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas, 5,5% do total, foi responsável pela maior parte da receita, empregos e remunerações. Ao todo, essas empresas, 50,6 mil, representaram 78,7% da receita operacional líquida (R$ 586,3 bilhões), 75,2% do valor adicionado, 65,8% do pessoal ocupado e 77,4% dos salários, retiradas e outras remunerações.

As empresas do segmento de “serviços prestados principalmente às famílias” foram mais numerosas, somando 288.286 unidades, ou 31,4% do total das companhias de serviços. Entretanto, as empresas de “serviços profissionais, administrativos e complementares” responderam por 3,89 milhões de pessoas ocupadas, 40,2% do total. Essas companhias também pagaram R$ 49,3 bilhões em remunerações, ou 34,3% da massa salarial, e R$ 133,5 bilhões de valor adicionado do setor de serviços, ou 31,9% do total.

A receita operacional líquida das atividades imobiliárias registrou o maior crescimento em 2009, de 23,8%, seguida pela dos serviços prestados às famílias, que subiu 21,2%.

Fonte: IG Economia

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