Ministro prevê criação de mais 1,6 milhão de empregos no 2º semestre

BRASÍLIA – O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou hoje que o
crescimento da geração de empregos formais no segundo semestre de 2011 será
superior ao do mesmo período de 2010, de cerca de 1 milhão – o número exato
ainda será divulgado, porque o ministério mudou o cálculo e passou a informar as
revisões em dezembro de 2010. Neste ano, a geração pode atingir 1,6 milhão.

Segundo Lupi, o mercado de trabalho sofreu com a influência do processo
eleitoral, já que as eleições obrigaram os governos estaduais e federal a
antecipar as contratações e os investimentos do setor público para o primeiro
semestre daquele ano.

Por isso, o primeiro semestre de 2010 acabou com um número atipicamente alto,
com 1.634.357 de empregos líquidos gerados. Neste 2011, portanto, o desempenho
não se repetiu e acabou em 1.414.660 na primeira metade.

O efeito inverso ocorrerá, segundo ele, na comparação dos segundos semestres
de 2010 e 2011.

Durante a divulgação dos números do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged), o ministro manteve uma estimativa de criação líquida de 3
milhões de empregos formais ao longo de todo o ano de 2011. Para isso, o número
de vagas no segundo semestre tem de chegar a quase 1,6 milhão.

O ministro afirmou que o Brasil continua com ‘uma das taxas de rotatividade
mais altas do mundo’, ao registrar 1.781.817 admissões e 1.566.424 demissões em
junho.

Para o ministro, o número elevado de contratações no setor agrícola em junho,
que registrou 75.227 mil postos, está ligado à expectativa positiva de quebra de
safra neste ano. O efeito sazonal do setor agrícola, segundo ele, levará a
redução nas contratações nas regiões Sudeste e Sul e elevação no Nordeste e
Sudeste no segundo semestre de 2011.

Os saldos recordes de criação de emprego foram registrados pelos estados do
Rio de Janeiro (19.756), Bahia (11.767), Mato Grosso (9.832), Acre (939) e Amapá
(652). Em números absolutos, o destaque ficou com São Paulo (61.208) e Minas
Gerais (45.021).

No país, os salários médios de admissão apresentam um aumento de 3,04% no
primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período de 2010. A média salarial
subiu de R$ 874,14, registrada no primeiro semestre do ano passado, para R$
900,70 no mesmo período deste ano.

Dentre as 27 unidades da federal, 23 apresentaram elevação de salário no
primeiro semestre. Os melhores resultados ficaram com Paraná (6,55%), Pernambuco
(5,27%) e Amapá (4,12%). Já os piores índices estão com Sergipe (-3,64), Piauí
(-2,97%) e Tocantins (-0,6%).

Fone: G1

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