Governo eleva projeção de inflação para 5,8%

O governo elevou a projeção da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com o “Relatório Bimestral de Receitas e Despesas” do Ministério do Planejamento, esse índice vai passar de 5,7% para 5,8%.

Segundo o documento, apesar do aumento da inflação, esse aumento ainda é compatível com a meta de inflação perseguida pela política monetária.

O Ministério do Planejamento também manteve a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 4,5%. Outra taxa que também foi mantida é a da taxa de câmbio, que ficou em R$ 1,61.

O governo também fez uma nova previsão para a taxa Selic. Passou de 11,74% para 11,87% ao ano. Em relação ao preço médio do barril de petróleo, o governo espera aumento de US$103,31 para US$ 112,52, aumento de 8,9%.

Para a massa salarial, a expectativa do governo é que para esse ano, ela continue crescendo e passe de 11,71% para 13,36%.

RECEITAS

O governo, segundo o documento, também manteve o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União.

“Como resultado dessa avaliação foram mantidos os limites de empenho e movimentação financeira”, diz nota enviada pelo Ministério do Planejamento.

O Ministério do Planejamento também elevou em R$ 3,867 bilhões a estimativa das receitas, com isso, a arrecadação total para o ano deve fechar em R$ 732,380 bilhões.

Apesar do aumento na arrecadação, o governo prevê a elevação de algumas despesas. Os repasses para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) devem aumentar em R$ 500 milhões. Já a previsão com gastos obrigatórios vai ter elevação de R$ 1,493 bilhão. O governo também vai repassar mais R$ 1,75 bilhão para créditos extraordinários.

O documento também traz elevação em R$ 6,8 bilhões das estimativas das receitas administradas pela Receita Federal. Esse número não leva em conta a contribuição para a Previdência Social.

De acordo com o relatório, esse acréscimo se deve à arrecadação extraordinária da antecipação do pagamento por diversos contribuintes de parcelas do Refis da crise, que possibilitou a empresas e pessoas físicas parcelar dívidas contraídas até 2008.

MERCADO

Os economistas consultados pelo Banco Central, na pesquisa semanal Focus, mantiveram as previsões de inflação para 2011 (6,31%) e 2012 (5,20%) –ambas acima da meta de 4,5%.

Já em relação à Selic, a estimativa do mercado é de que ocorra hoje um novo aumento da taxa básica de juros. Segundo o Focus, as taxas devem subir de 12,25% para 12,50% ao ano. Um novo aumento, de 0,15 ponto, é esperado para agosto.

A previsão de crescimento da economia para 2012 caiu de 4,1% para 4%. Para 2011, ficou em 3,94%.

Fonte: Folha.com

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